Área de identidad
Código de referencia
Título
Fecha(s)
- 1961 - 20 (Creación)
Nivel de descripción
Volumen y soporte
3.200 fotografias relacionadas ao prêmio Direitos Humanos de Jornalismo – DVDs c/matérias jornalísticas e documentários – Material bibliográfico relacionado ao tema dos direitos humanos.
Área de contexto
Nombre del productor
Historia administrativa
Foi assim que um grupo formado por amigos e simpatizantes políticos deu início a uma série de atividades clandestinas com a finalidade de enviar perseguidos políticos ao exterior. As reuniões que definiriam a elaboração do I Seminário de Justiça e Direitos Humanos aconteceram no verão de 1979, na sede do Movimento Familiar Cristão. Nelas, compareciam cerca de trinta e cinco militantes dos direitos humanos, chamado de “grupo-base”. Os articuladores principais eram o padre Albano Trinks, o juiz Celso Gaiger e Jair Krischke. A organização do evento que fundou o MJDH durou aproximadamente dois meses e redundou no Seminário ocorrido nos dias 24 e 25 de março de 1979, no Colégio Anchieta. Participaram das discussões e da mesa final, cento e vinte e oito pessoas, quando foi proposta a fundação de uma organização da sociedade civil de cunho cristão voltada à luta contra as injustiças sociais e políticas. Com a proposição e aprovação de um “documento – manifesto” que deu as bases para o estatuto da instituição – escrito por Manuel André da Rocha, Antonio Allgayer e outros, era fundado o Movimento de Justiça e Direitos Humanos.
A distensão lenta e gradual do ditador brasileiro Ernesto Geisel culmina, em 1978, com a extinção do Ato Institucional Nº 5, que fechou o Congresso Nacional no ano de 1968.
Em 1979, a abertura política do Brasil já era uma realidade e O MJDH, agora com existência de fato e de direito, junto com outras entidades e movimentos sociais, organizou campanhas como a luta pela Anistia, pela libertação dos últimos presos políticos brasileiros e pelas Diretas Já. Em 1984, participa ativamente da luta pela Constituinte, pela reforma agrária e pela revogação das leis de exceção: Lei de Segurança Nacional, Estatuto dos Estrangeiros, Lei de Greve e Lei de Imprensa.
Nos locais onde seus militantes se encontravam para discutir a situação política e de direitos humanos nos países do Cone Sul, começou o projeto embrionário do Movimento dos trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que vem se destacando nos últimos trinta anos na defesa da reforma agrária e da agricultura familiar.
Além disso, o MJDH não é apenas pioneiro na luta pelos Direitos Humanos no Rio Grande do Sul, como é propulsor de diversas entidades. Assim, partiu de advogados militantes do MJDH a ideia de implantação da Comissão Sobral Pinto de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rio Grande do Sul (OAB/RS). Deputados integrantes do Movimento de Justiça e Direitos Humanos criaram, ainda, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a primeira da história dos parlamentos brasileiros.
Desde 1984, a entidade promove, em conjunto com a OAB/RS e a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado, o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, que visa prestigiar as matérias jornalísticas mais relevantes em torno da defesa da dignidade humana. A premiação, que é anual e não oferece dinheiro como recompensa, é destinada a profissionais e acadêmicos de Jornalismo, tendo recebido inscrições de todo país, e mesmo de países, integrantes do MERCOSUL. A solenidade de entrega é realizada, desde antes do fim da ditadura, no dia 10 de dezembro, data da promulgação, pela Organização das Nações Unidas, da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
A atuação do MJDH, no período das ditaduras militares na região do Cone Sul latino-americano, contribuiu para a retirada de muitos perseguidos políticos dessa região. Sua principal missão, naquele período, ficou voltada à viabilização da obtenção de asilo das vítimas de perseguição política, que eram levadas a determinados países europeus, em estreita colaboração com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR. Do mesmo modo, denunciava a repressão, prisão e tortura de lideranças dos diferentes setores sociais, vítimas da violência do terror de Estado, então vigente na região.
Em 1979, com o inicio da abertura política no Brasil, o MJDH se incorpora às campanhas pela redemocratização e às ações contra a ditadura, como: O Movimento pela Anistia; a libertação dos presos políticos brasileiros; a campanha das Diretas Já em 1984; a luta pela Constituinte e a Reforma Agrária; e, a revogação das leis de exceção (Lei de Segurança Nacional, Estatuto dos Estrangeiros, Lei de Greve e Lei de Imprensa).
Durante os últimos trinta, o MJDH tem se dedicado às causas humanitárias e populares, como na colaboração com a organização de associações de moradores, na luta permanente contra a tortura, na condenação da “Revisão Editora” e de seu proprietário, Siegfried Ellwanger, que publicava na capital gaúcha, livros de cunho neonazista, propaganda antissemita e racista.
Nestes últimos anos, o trabalho desenvolvido pelo MJDH vem se ampliando, inserindo-se em atividades de defesa do meio ambiente, os direitos dos excluídos, contra a desigualdade racial, contra a violência dos aparelhos de repressão estatal.
Outras inúmeras circunstâncias vividas pelo MJDH estiveram relacionadas com a coleta de dados e depoimentos de mais meia centena de familiares de pessoas desaparecidas no Uruguai.
Em agosto de 1980, a coordenadora parisiense da Associação de Familiares de Uruguaios Desaparecidos (AFUDE) – constituída pelas senhoras Maria del Carmen Almeida de Quinteros, Marta Ensenat e por Daniel Gatti – enviou à Subcomissão da ONU uma lista contendo os nomes de cento e treze cidadãos uruguaios que desapareceram na Argentina; dois no Paraguai; doze no próprio Uruguai. Além disso, havia a relação de seis crianças desaparecidas na Argentina e seis presumivelmente nascidas em cativeiro.
Nesse sentido, foram enviados ao Brasil, em épocas diferentes, mas com idêntico objetivo, um advogado argentino – Leandro Despuit – e um casal de advogados uruguaios – Edgardo Carvalho Silveira e Maria Helena Martínez – todos residentes na Europa.
O primeiro contato foi estabelecido com o então presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Eduardo Seabra Fagundes, e, posteriormente, com o Movimento de Justiça e Direitos Humanos em Porto Alegre. Tendo em vista a distância entre Montevidéu e o Rio de Janeiro, bem como a impossibilidade de as pessoas serem ouvidas no território uruguaio, a melhor alternativa seria a tomada de seus depoimentos em Porto Alegre. Assim, em 27 de outubro de 1980, na sede do Conselho Federal, sob a direção do presidente Seabra Fagundes – presentes, além de representantes do MJDH/RS, Thierry Mignon, do Movimento Internacional de Juristas Católicos e Pax Romana, Willem Boogard, professor de Direito Penal da Universidade de Utrech, na Holanda, e da Secção holandesa do Secretariado Internacional de Juristas pela Anistia no Uruguai (SIJAU), e de Belisário dos Santos Junior, presidente da Associação Latino Americana de Advogados pelos Direitos Humanos – inicia-se a audiência, na qual depõem:
- Maria del Carmen Almeida Quinteros, mãe de Helena Quinteros, que fora sequestrada pelas Forças Conjuntas uruguaias do interior da Embaixada da Venezuela em Montevidéu;
- Milka Gonzales Peres, que teve sequestrado em Buenos Aires seu filho Rubem Prieto Gonzales;
- Martha Castilla Muttoni de Zaffaroni, mãe de Jorge Zaffaroni Castilla, casado com Maria Emitia Zaffaroni, que foram sequestrados com sua filha, Mariana Zaffaroni, em Buenos Aires, onde estavam refugiados.
- Violeta Malugani Torena, que teve seu filho, Miguel Angel Moreno Malugani, desaparecido na capital argentina em 1° de outubro de 1976, poucos dias antes de viajar para o México, embora tivesse recebido concessão de status de refugiado outorgada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
Os demais familiares de desaparecidos foram ouvidos em Porto Alegre, na presença das autoridades internacionais acima mencionadas, da diretoria do MJDH, além do desembargador Celso Franco Geiger e dos advogados Luiz Goulart, Mara Loguércio e Nora Tatsch.
Após as oitivas, o MJDH, fez a entrega de toda a documentação ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, que a remeteu à Subcomissão de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Outro caso emblemático de participação na defesa dos perseguidos políticos e a defesa dos direitos humanos, é o conhecido caso do "Sequestro do Uruguaios" em Porto Alegre RS, quando o MJDH denuncia o sequestro dos militantes políticos uruguaios, Lilian Clibertti y Universindo Diaz Rodriguez, no caso que desmascaro a participação do Brasil na Operação Condor. O MJDH teve marcada atuação na retirada de pessoas de países do Cone Sul que viviam sob ditaduras militares, asilando-as em países europeus. Ilustra-se essa situação com dois casos: o do biofísico uruguaio Cláudio Benech, retirado do Uruguai na madrugada de 1º de janeiro de 1981; e a fuga da Argentina em 2 de maio de 1982 de Maria Elpídia Martinez Aguerre, mulher de Mário Firminich (líder do grupo oposicionista argentino Montoneros), e do filho deles Mário Xavier
Nesses dias, o jornal “Zero Hora”, em reportagem assinada por Carlos Alberto Kolecza, proclamou Porto Alegre como a capital mundial dos Direitos Humanos.
Institución Depositaria
Historia archivística
Os documentos do Fundo do MJDH são resultado do acionar da organização ao longo de sua historia. A constituição do Fundo deu-se a partir da intervenção da Organização Arquivistas sem Fronteiras do Brasil que, através de um acordo de colaboração, inicia os trabalhos de estruturação e organização do arquivo do Movimento no ano de 2009, baseado num projeto de resgate, ordenamento e classificação do acervo com o fim de tornar pública sua consulta. No ano de 2011 fica constituída a estrutura interna e organização das series documentais do Fundo - MJDH.
O trabalho de organização do acervo inicia com o Prof. Jorge Vivar. Nos últimos anos, segue sobre a coordenação do historiador e arquivista, Vander Luis Duarte Rodrigues, com a colaboração de estagiários.
Origen del ingreso o transferencia
Área de contenido y estructura
Alcance y contenido
Valorización, destrucción y programación
Acumulaciones
O fundo esta permanentemente aberto a receber novas aquisições de todo o tipo de material. Sempre que tenha autenticidade e valor histórico.
Sistema de arreglo
Quadro de arranjo formal. O acervo não conta com documentos eletrônicos, a não ser áudios e vídeos.
O Acervo foi organizado em base à atuação do MJDH no âmbito de sua esfera estatutária. A classificação adotada é por assuntos e foi definida em função do precário estado de conservação e acumulação dos documentos. O quadro de classificação esta dividido em 6 séries documentais. A serie 03, denominada "Terrorismo de Estado" contém 14 subséries com assuntos referenciados ao título da série.
Área de condiciones de acceso y uso
Condiciones de acceso
Condiciones
Idioma del material
- español
- inglés
- portugués
Escritura del material
Notas sobre las lenguas y escrituras
Características físicas y requisitos técnicos
Instrumentos de descripción
Área de materiales relacionados
Existencia y localización de originales
o acervo na sua maioria cópias xerox, os originais do acervo estão em diferentes organizações e instituições de diferentes países Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile. Brasil -
Existencia y localización de copias
Unidades de descripción relacionadas
Área de notas
Notas
Puntos de acceso
Puntos de acceso por materia
Puntos de acceso por lugar
Puntos de acceso por autoridad
Área de control de la descripción
Identificador de la descripción
Identificador de la institución
Reglas y/o convenciones usadas
Estado de elaboración
Nivel de detalle
Fechas de creación revisión eliminación
Actualización: noviembre de 2019
Idioma(s)
- español
Escritura(s)
Fuentes
. Descricão Arquivítica| : Jorge Eduardo Enríquez Vivar
. Formulario IPPDH de Actualización