Área de identidad
Código de referencia
BR BR CPDOC/FGV BR RJCPDOC/FGV, ACM
Título
Antônio Carlos Muricy
Fecha(s)
- 1915 a 1986 (Creación)
Nivel de descripción
Fondo
Volumen y soporte
- Extent
- Manuscritos - 1453 - Livros - 54 Periódicos - 20 Exemplares de Periódicos - 69 Artigos de Periódicos - 2 Iconografia cartão postal - 196 cartão postal + foto - 92 foto - 742
Área de contexto
Nombre del productor
Antônio Carlos da Silva Muricy***
(08/06/1906 – 30/03/2000)
Historia biográfica
Antônio Carlos da Silva Muricy – o “general Muricy” – nasceu em 8 de junho de 1906, em Curitiba, Paraná, e faleceu em 30 de março de 2000, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de José Cândido da Silva Muricy e Josefina Costa Carneiro. Foi casado em primeiras núpcias com Ondina Pires de Carvalho, e em segundas núpcias com Virgínia Ramos da Silva.
De intensa e ativa participação na articulação do golpe civil-militar de 1964 que depôs o presidente João Goulart, dentre suas atividades destaca-se as de Chefe do Estado-Maior do III Exército, em 1960-1961; Comandante da 7ª Região Militar, em 1964-1966; chefe do Departamento Geral de Pessoal do Exército, em 1966-1969; chefe do Estado-Maior do Exército, em 1969-1970.
Também desenvolveu as seguintes atividades: Comandante do Terceiro Grupo de Obuses, em Cachoeira do Sul-Rio Grande do Sul (1946); assessor de gabinete do ministro da Guerra, Canrobert Pereira da Costa (1947-1950); assessor do adido militar nos Estados Unidos (1956-1958); comandante da Infantaria Divisionária da 7ª Região Militar, em Natal (1962-1963).
Com a análise da documentação concernente ao general Antônio Carlos Muricy custodiada pela Fundação Getúlio Vargas, vê-se seu grau de envolvimento com as forças golpistas que deflagraram o golpe civil-militar no Brasil. Dentre os documentos textuais – que compreendem documentos pessoais, atuação político-militar, diversos, e recortes de jornais – encontram-se, dentre outros, referências ao incidente que envolveu o general e o então deputado Leonel Brizola, em Natal, em maio de 1963; documentos referentes à “subversão” e à “guerra revolucionária”, elementos centrais da Doutrina de Segurança Nacional, produzidos pelos militares durante o período do governo Goulart; referências ao golpe civil-militar de 1964; os movimentos de oposição ao regime militar que o sucedeu; as sucessões estaduais de Pernambuco e Alagoas, em 1966; as reuniões entre Igreja e Estado para discussão de questões políticas e sobre a crise sucessória posterior à morte do presidente Costa e Silva.
Dentre os documentos audiovisuais, encontram-se documentos visuais como os da movimentação de tropas de Minas Gerais para o Rio de Janeiro; da “Parada da Vitória” em Pernambuco, em maio de 1964; conferências do general Muricy durante o governo militar e flagrantes de sua vida pública nesse período, destacando-se seus encontros com os ditadores Humberto Castelo Branco, Ernesto Geisel, e João Figueiredo e militares americanos e sul-americanos. Também há registros de sua trajetória militar, como seus estudos na Escola Militar, e sua atuação como instrutor no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva-CPOR, na Escola Superior de Guerra.
No acervo do Programa de História Oral da FGV/CPDOC, há uma entrevista com o general Antônio Carlos Muricy, realizada de 17 de fevereiro a 20 de maio de 1981, subdividida em 22 partes (entrevistas), com duração total de 57 h. 20 min., contando com 768 páginas. Há um Sumário onde se elencam todos os assuntos levantados em cada uma das entrevistas, e assim tem-se, dentre outras, a abordagem de temáticas como “Método de trabalho na Escola Superior de Guerra; áreas estratégicas; doutrina de segurança nacional e SNI; a política e a ESG” (8ª Entrevista); “Brizola e Jango; Jânio Quadros e a renúncia; as Forças Armadas e o congresso em relação a Jânio Quadros e a renúncia; Brizola” (11ª Entrevista); “Contatos com o general Golbery e com o IPES”, (13ª Entrevista); “Últimos preparativos para o levante; os civis na revolução; o IPES; general Golbery; os estados-maiores de Castelo Branco e de Costa e Silva na conspiração de 1964; levante em Minas Gerais” (14ª Entrevista); “Transferência para o Rio de Janeiro como comandante da 1ª Região Militar (1966); promoção a general-de-exército; no Departamento Geral do Pessoal; funções de general; o Exército americano e o Exército brasileiro; governo Castelo Branco; os radicais após a Revolução de 1964; as cassações; comentários sobre eleições; o AI-2; a arte da política; candidatura Costa e Silva; a questão das lideranças; política externa; morte de Castelo Branco; AI-5; governo Costa e Silva e estudos para uma nova constituição; Pedro Aleixo; agitações políticas no governo Costa e Silva” (18ª Entrevista); “Costa e Silva, comunicado de sua substituição; reunião do Alto Comando para escolha do general Médici; chegada do general Médici ao Rio de Janeiro; visita de Médici a Costa e Silva; reunião do Alto Comando para confirmar o nome do novo presidente e a nomeação do vice-presidente; escolha do ministério; a Emenda Constitucional nº 1; comentários sobre centralização de poder; critérios para a escolha do novo presidente; legitimação de Médici pelo Congresso; cassações; bodas de ouro do general Médici; o governo Médici; censura, informação e tortura; passando a chefia do Estado-Maior para o general Malan (1970); passagem para a reserva (1970); atividades empresariais na vida civil; estatização e livre empresa” (22ª Entrevista).
Diversos assuntos se repetem, e o material proporciona as informações dadas por um dos homens diretamente envolvido em conspirações e traições antes mesmo do golpe civil-militar, as ações para sua instalação e deflagração e o protagonismo de homens como Antônio Carlos Muricy na efetivação, sustentação e aperfeiçoamento da chamada por ele “Revolução de 64”.
De intensa e ativa participação na articulação do golpe civil-militar de 1964 que depôs o presidente João Goulart, dentre suas atividades destaca-se as de Chefe do Estado-Maior do III Exército, em 1960-1961; Comandante da 7ª Região Militar, em 1964-1966; chefe do Departamento Geral de Pessoal do Exército, em 1966-1969; chefe do Estado-Maior do Exército, em 1969-1970.
Também desenvolveu as seguintes atividades: Comandante do Terceiro Grupo de Obuses, em Cachoeira do Sul-Rio Grande do Sul (1946); assessor de gabinete do ministro da Guerra, Canrobert Pereira da Costa (1947-1950); assessor do adido militar nos Estados Unidos (1956-1958); comandante da Infantaria Divisionária da 7ª Região Militar, em Natal (1962-1963).
Com a análise da documentação concernente ao general Antônio Carlos Muricy custodiada pela Fundação Getúlio Vargas, vê-se seu grau de envolvimento com as forças golpistas que deflagraram o golpe civil-militar no Brasil. Dentre os documentos textuais – que compreendem documentos pessoais, atuação político-militar, diversos, e recortes de jornais – encontram-se, dentre outros, referências ao incidente que envolveu o general e o então deputado Leonel Brizola, em Natal, em maio de 1963; documentos referentes à “subversão” e à “guerra revolucionária”, elementos centrais da Doutrina de Segurança Nacional, produzidos pelos militares durante o período do governo Goulart; referências ao golpe civil-militar de 1964; os movimentos de oposição ao regime militar que o sucedeu; as sucessões estaduais de Pernambuco e Alagoas, em 1966; as reuniões entre Igreja e Estado para discussão de questões políticas e sobre a crise sucessória posterior à morte do presidente Costa e Silva.
Dentre os documentos audiovisuais, encontram-se documentos visuais como os da movimentação de tropas de Minas Gerais para o Rio de Janeiro; da “Parada da Vitória” em Pernambuco, em maio de 1964; conferências do general Muricy durante o governo militar e flagrantes de sua vida pública nesse período, destacando-se seus encontros com os ditadores Humberto Castelo Branco, Ernesto Geisel, e João Figueiredo e militares americanos e sul-americanos. Também há registros de sua trajetória militar, como seus estudos na Escola Militar, e sua atuação como instrutor no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva-CPOR, na Escola Superior de Guerra.
No acervo do Programa de História Oral da FGV/CPDOC, há uma entrevista com o general Antônio Carlos Muricy, realizada de 17 de fevereiro a 20 de maio de 1981, subdividida em 22 partes (entrevistas), com duração total de 57 h. 20 min., contando com 768 páginas. Há um Sumário onde se elencam todos os assuntos levantados em cada uma das entrevistas, e assim tem-se, dentre outras, a abordagem de temáticas como “Método de trabalho na Escola Superior de Guerra; áreas estratégicas; doutrina de segurança nacional e SNI; a política e a ESG” (8ª Entrevista); “Brizola e Jango; Jânio Quadros e a renúncia; as Forças Armadas e o congresso em relação a Jânio Quadros e a renúncia; Brizola” (11ª Entrevista); “Contatos com o general Golbery e com o IPES”, (13ª Entrevista); “Últimos preparativos para o levante; os civis na revolução; o IPES; general Golbery; os estados-maiores de Castelo Branco e de Costa e Silva na conspiração de 1964; levante em Minas Gerais” (14ª Entrevista); “Transferência para o Rio de Janeiro como comandante da 1ª Região Militar (1966); promoção a general-de-exército; no Departamento Geral do Pessoal; funções de general; o Exército americano e o Exército brasileiro; governo Castelo Branco; os radicais após a Revolução de 1964; as cassações; comentários sobre eleições; o AI-2; a arte da política; candidatura Costa e Silva; a questão das lideranças; política externa; morte de Castelo Branco; AI-5; governo Costa e Silva e estudos para uma nova constituição; Pedro Aleixo; agitações políticas no governo Costa e Silva” (18ª Entrevista); “Costa e Silva, comunicado de sua substituição; reunião do Alto Comando para escolha do general Médici; chegada do general Médici ao Rio de Janeiro; visita de Médici a Costa e Silva; reunião do Alto Comando para confirmar o nome do novo presidente e a nomeação do vice-presidente; escolha do ministério; a Emenda Constitucional nº 1; comentários sobre centralização de poder; critérios para a escolha do novo presidente; legitimação de Médici pelo Congresso; cassações; bodas de ouro do general Médici; o governo Médici; censura, informação e tortura; passando a chefia do Estado-Maior para o general Malan (1970); passagem para a reserva (1970); atividades empresariais na vida civil; estatização e livre empresa” (22ª Entrevista).
Diversos assuntos se repetem, e o material proporciona as informações dadas por um dos homens diretamente envolvido em conspirações e traições antes mesmo do golpe civil-militar, as ações para sua instalação e deflagração e o protagonismo de homens como Antônio Carlos Muricy na efetivação, sustentação e aperfeiçoamento da chamada por ele “Revolução de 64”.
Institución Depositaria
Historia archivística
Antônio Carlos Muricy nasceu em Curitiba (PR),em 08 de junho de 1906, filho de José Cândido da Silva Muricy e de Josefina Costa Carneiro. Em sua trajetória militar, Antônio Carlos Muricy foi, entre outros cargos, comandante do 3º Grupo de Obuses, sediado em Cachoeira do Sul (RS) (1946); assessor de gabinete do ministro da Guerra, Canrobert Pereira da Costa (1947-1950); assessor do adido militar da embaixada brasileira em Washington (1956-1958). General, foi chefe do estado-maior do III Exército (1960-1961) e comandante da Infantaria divisionária da 7ª Região Militar, sediada em Natal (RN) (1962-1963). Destacou-se como articulador do movimento militar de 1964. Durante o regime militar foi chefe do Departamento Geral de Pessoal do Exército (1966-1969) e chefe do Estado-Maior do Exército (EME) (1969-1970). Faleceu em 30 de março de 2000, no Rio de Janeiro (RJ). Foi casado em primeiras núpcias com Ondina Pires de Carvalho, e em segundas núpcias com Virgínia Ramos da Silva.
Origen del ingreso o transferencia
Área de contenido y estructura
Alcance y contenido
Os DOCUMENTOS TEXTUAIS do Arquivo Antônio Carlos Muricy encontram-se organizados em quatro séries, a saber: DOCUMENTOS PESSOAIS, ATUAÇÃO POLÍTICO-MILITAR, DIVERSOS e RECORTES DE JORNAIS. A documentação retrata as atividades do titular em alguns postos que ocupou enquanto militar e sua participação em vários momentos da política nacional. Destaca-se o material relativo ao incidente que envolveu o titular e o então deputado Leonel Brizola, em maio de 1963, em Natal; os documentos referentes à “subversão” e à “guerra revolucionária”, produzidos pelos militares durante o período do governo Goulart (1961-1964); os movimentos de oposição ao regime militar que o sucedeu; as sucessões estaduais de Pernambuco e Alagoas em 1966; as reuniões entre Igreja e Estado para a discussão de questões políticas sobre a crise sucessória posterior à morte do presidente Costa em Silva (1967). Os documentos audiovisuais apresentam registros da movimentação de tropas de Minas Gerais para o Rio de Janeiro; da “Parada da Vitória” em Pernambuco (maio/1964), de conferências que o titular do arquivo proferiu em diversas instituições durante o governo militar e flagrantes de sua vida pública nesse período, destacando-se seus encontros com os generais Castelo Branco, Geisel, Figueiredo; e com militares americano e sul-americanos. Retratam também sua trajetória militar, os estudos na Escola Militar, atuação como instrutor no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), na Escola Superior de Guerra etc. Foram encontrados também resultados para os descritores: Atentados terroristas Movimento estudantil Preso político Repressão política Regime militar Governos militares (1964-1985) Golpe militar de 1964
Valorización, destrucción y programación
Não se aplica – arquivo pessoal – fundo fechado
Acumulaciones
Fundo fechado
Sistema de arreglo
a)DOCUMENTOS TEXTUAIS: o arquivo está organizado em 4 séries: DOCUMENTOS PESSOAIS, ATUAÇÃO POLÍTICO-MILITAR, DIVERSOS E RECORTES DE JORNAIS; b)DOCUMENTOS AUDIOVISUAIS: c) DOCUMENTOS IMPRESSOS
Área de condiciones de acceso y uso
Condiciones de acceso
Sem restrições de acesso
Condiciones
Idioma del material
Escritura del material
Notas sobre las lenguas y escrituras
Características físicas y requisitos técnicos
Instrumentos de descripción
Guia de Arquivos (Informações sobre o fundo) http://www.fgv.br/cpdoc/guia/detalhesfundo.aspx?sigla=ACM
Consulta ao acervo http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo
Consulta ao acervo http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo
Área de materiales relacionados
Existencia y localización de originales
Existencia y localización de copias
Unidades de descripción relacionadas
Área de notas
Puntos de acceso
Puntos de acceso por materia
Puntos de acceso por lugar
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- Antônio Carlos da Silva Muricy*** (Creador)
Área de control de la descripción
Identificador de la descripción
BR
Identificador de la institución
Reglas y/o convenciones usadas
Estado de elaboración
Revisado
Nivel de detalle
Básico
Fechas de creación revisión eliminación
Creación: 15/05/2013
Revisión: Noviembre de 2019
Revisión: Noviembre de 2019
Idioma(s)
- español
Escritura(s)
Fuentes
Formulário do IPPDH respondido por Regina da Luz Moreira - Coordenadora de arquivos pessoais
Formulario IPPDH de Actualización- respondido por Daniele Amado - Cargo/funções: Coordenadora de Documentação
Formulario IPPDH de Actualización- respondido por Daniele Amado - Cargo/funções: Coordenadora de Documentação